Como quem conhece um pouco da
história de Recife sabe, tivemos um breve período holandês (1630 - 1654). Foi
breve, mas com grandes contribuições à arquitetura, ao urbanismo e ao
paisagismo recifenses, principalmente no período da administração do Conde
Maurício de Nassau (37 – 44).
Com a chegada dos holandeses, o
Recife sofreu um inesperado excedente populacional: as tropas invasoras, os
funcionários da Cia. das Índias Ocidentais (WIC), colonos holandeses e, ainda,
os refugiados do incêndio de Olinda, causado pelo bombardeio holandês em 1630 e
que derrocou casas e sobrados. O aumento
populacional fez surgir novas casas, em estilo holandês, essas foram se
misturando com as já existentes, de arquitetura luso-brasileira.
Com dificuldade para encontrar terreno no bairro portuário, núcleos de moradores foram surgindo na Ilha de Antonio Vaz – onde depois foi fundada a Cidade Maurícia. Estima-se que a edificação tipicamente holandesa ocupava mais de 75% dessa região, atual bairro de Santo Antônio.
A construção holandesa é de
notável simplicidade: prédio retangular de tijolos, com telhados em duas
empenas laterais no sentido da menor dimensão; fachadas caiadas, lisas e
prolongadas para o alto, num frontão corrido, porém escalonado; larga porta
central, com janelas simétricas em relação à porta. A maior parte das casas possuíam dois
andares, às vezes com sótão, mas com o mesmo arranjo da porta central e janelas
simétricas correspondentes. Algumas vezes, no piso superior, havia uma porta
sobreposta à do térreo que se abre para uma sacada. Algumas casas ainda tinham,
no térreo, lojas, padarias, oficinas e depósitos, atendendo à necessidade de
seus moradores.
As contribuições à arquitetura da
cidade podem ser vistas até hoje, é só andar pelos bairros mais antigos da
cidade para se notar sua importância. Mas ainda há suas contribuições
urbanísticas e paisagísticas, que falarei depois em outros posts.
Vocabulário:
- Empenas: parte superior das paredes externas, acima do forro, fechando o vão formado pelas duas águas da cobertura.
- Frontão: conjunto arquitetônico que decora o topo da fachada principal de um edfício.
- Escalonado: disposto em degraus, em camadas.
Fonte:
- Livro Guia do Recife - Arquitetura e Paisagismo, organização de Edileusa da Rocha
Vocabulário:
- Empenas: parte superior das paredes externas, acima do forro, fechando o vão formado pelas duas águas da cobertura.
- Frontão: conjunto arquitetônico que decora o topo da fachada principal de um edfício.
- Escalonado: disposto em degraus, em camadas.
Fonte:
- Livro Guia do Recife - Arquitetura e Paisagismo, organização de Edileusa da Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário